Não existe na história do esporte uma profissão mais difícil
do que a de árbitro esportivo. Os únicos de uniforme diferente nas disputas são
os responsáveis pela justiça no esporte e também por ditar as regras quando a
intervenção é necessária. Para homenagear os guerreiros do apito, o dia 11 de
setembro é dedicado ao profissional da arbitragem.
A lembrança do dia é válida para todos os esportes, porém
como o nosso preferido é o futebol, hoje a homenagem é para os árbitros de
futebol. Comandar uma partida dentro das quatro linhas não é para qualquer um.
É preciso muita competência, responsabilidade, técnica, auto-controle e bom
senso. Ninguém é árbitro por acaso, ninguém ganha o direito de apitar um jogo
sem a autoridade necessária.
Estar em campo com os cartões no bolso e o apito nas mãos
é uma mistura de sensações. Poucos ali te conhecem, mas todos lembram da sua
mãe. Ninguém sabe o seu passado, mas todos estão prontos para lhe julgar. Se o
time do coração perder, independente da situação, a torcida já sabe quem foi o
culpado. Acertar na decisões é obrigação, mas ser lembrado após um bom trabalho
é rara exceção... santa incoerência!
Correr mais do que todos em campo, seguir a bola com toda
atenção e quando ela esbarra acidentalmente em seu corpo, ouvir lembranças de
todos os lados das torcidas. Vaias, insultos, maldições, cânticos e,
infelizmente, até agressões físicas fazem parte da pressão do dia a dia de trabalho.
Os derrotados perdem por causa deles e os vitoriosos vencem apesar deles.
Para os espectadores, o árbitro é aquele responsável por
todos os erros, a explicação para todas as desgraças e o culpado pela falta de qualidade
dos atletas. Mas o que seria do futebol sem eles? Errar é humano e a perfeição
ainda não está ao alcance dos homens. Assim como marcar um pênalti inexistente
é um erro, a simulação dos jogadores em campo é anti ético e o julgamento sem
provas é um crime.
Como singela homenagem, o Blog Gol de Pauta parabeniza a
todos os profissionais de arbitragem do futebol paranaense que, tirando raras
exceções, sempre colaboram com o trabalho da imprensa para valorizar o esporte.
Por Guilherme Becker