As torcidas organizadas fazem parte da essência do futebol. Amor,
alegria e vibração, um show à parte vindo das arquibancadas. Com faixas, bandeiras, bateria e cantos de
incentivo, os torcedores exaltam o amor ao clube. Milhares deles seguem o time
fielmente, indo ao estádio, cantando os 90 minutos jogo, viajando para partidas
fora da cidade, dedicando seu tempo e vida à organizada, tudo em nome de um
sentimento incondicional. Com as torcidas organizadas da Suburbana de Curitiba,
o fanatismo não é diferente.
Atualmente, na primeira divisão do Campeonato Amador, as principais torcidas em atividade são Camisa doze, do Operário Pilarzinho e Taliban, do Santa Quitéria. Nesta semana, a matéria especial é sobre a organizada do tricolor.
CAMISA DOZE
Torcida faz a festa no Estádio Bórtolo Gava. (Foto: divulgação) |
Fundada em 2006, a Camisa doze iniciou com três amigos
que frequentavam as partidas do Operário Pilarzinho. Caio Fernandes, Fabio e
Fabricio Saporetti começaram chamando conhecidos do bairro para assistir aos
jogos e com o passar do tempo, mais pessoas se juntaram, formando a organizada
como é hoje.
Um dos fundadores e responsáveis pela organizada, Caio, conta que a entidade não recebe ajuda de custo. “É bastante complicado manter uma torcida do amador. Não temos lucro algum com o que fazemos e ajuda é rara de ter. Somos completamente independentes, fazemos porque amamos o Pilarzinho”, explica.
(Foto: divulgação) |
Em todos os jogos da Suburbana, a C12 acompanha o time. De peito aberto, eles incentivam e fazem a diferença. Com faixas esticadas, bandeiras ao vento e cantos de incentivo, declaram o amor pelo Pilarzinho.
No futebol profissional, Caio é integrante da T.O Os Fanáticos, do Atlético Paranaense. O membro conta que há uma grande diferença entre a torcida no amador e profissional. “A Camisa doze nós criamos, é muito mais amor e devoção. A torcida vai ao estádio porque realmente ama o clube, sem contar que o jogo é mais empolgante de ver”, conta. Ele explica que no futebol amador, os jogadores parecem jogar com mais vontade, defendem o escudo por amor e colocam o coração no bico da chuteira.
Juntos, membros da Camisa 12 e Taliban. (Foto: divulgação) |
A diferença entre organizada do futebol profissional e
amador também é notada quando o assunto é rivalidade. Na Suburbana, as
diferenças ficam apenas dentro das quatro linhas, fora delas, as torcidas fazem
confraternização e têm amizade entre os integrantes rivais. A disputa entre
elas é para ver quem é o melhor na arquibancada, mas sem violência.
O integrante da Camisa doze conta que a maioria dos
membros também fazem parte de organizadas do profissional. “Temos integrantes
de todas as organizadas Curitiba, estamos todos misturados e nunca aconteceram
brigas por causa de torcidas do profissional. Todos sabem que estamos ali em
prol do Pilarzinho, estamos defendendo o time do nosso bairro”, ressalta.
Fabio, fundador e membro da bateria da C12, explica o que o motivou a gostar do futebol amador. “O que me fez tornar um torcedor apaixonado por um time amador, foi o comprometimento que os próprios jogadores têm para com seus times, e isso se vê muito aqui no Pilarzinho”, diz.
Amor pelo Pilarzinho estampado na pele do casal de torcedores. (Foto: divulgação) |
Por: @alygohenski